ÀGORA - OnLine


ÀGORA - OnLine

...onde os filósofos Felipe, Rafael e Ygor refletem sobre o mundo...
 

sexta-feira, outubro 14, 2005


[7:12 PM]

R.I.P.

Esse blog está morto.

Sim, não vamos usar eufemismos. Esse blog morreu. Foi uma morte lenta e agonizante. E não sei se posso dizer que fiquei triste com isso.

Não me entendam mal. Eu adoro esse finado blog. Gostava muito de escrever pra cá, mas com o tempo a preguiça foi crescendo e fui sentindo que meus posts ficavam cada vez mais pessoais e (tenho que admitir) pretensiosos. Deus do céu, eu estava escrevendo posts pretensiosos!! (e babacas, mas isso é só um detalhe...)

Por isso eu sumi. Eu estava chato, meus posts estavam chatos, eu estava com preguiça... Essas coisas da vida. Além disso, o blog tava seguindo caminhos diferentes. Rafael ia muito bem com seus posts políticos e o Ygor com seus posts de crítica sociail e de costumes (esse era o meu posto, maldito!! :P). Sentia que meus possíveis posts seriam inúteis, redundantes. Eu estava certo.

Agora acabou. Há mais de um mês ninguém atualiza. Ninguém tem mais a dizer. Chuif.

Não, não. Isso não é uma volta. Esse não é o retorno do àgora. Sou apenas eu dando uma de profanador de túmulos. Apenas eu desrespeitando cadáveres.

Não sei se esse blog um dia vai voltar. Se isso acontecer, podem ter certeza que a responsabilidade não é minha. Eu, no máximo, pretendo aparecer por aqui de vez em quando pra trazer umas flores.

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Postado por Felipe Galvão

 

segunda-feira, agosto 22, 2005


[1:40 AM]

Porque que a gente é assim?

- Oi, vai uma cervejinha aí, cara?
- Não, to a fim não, obrigado.
- Que isso, cara! Só uma latinha!
- Não, cara, obrigado, eu não bebo.
- O QUE??? NÃO BEBE??? (cara de espanto, como se ele tivesse descoberto que o filho é adorador do Deus do Sofrimento na Seita do Unicórnio Manco de Itú e amante do fundador da seita, que sodomiza crianças em oferta à entidade eqüina mítica)
- Não!
- Mas não é possível! Nem uma cervejinha?
- Não, cara... não gosto não...
- Mas não pode! Nem um choppinho?
- Pode falar todas as bebidas do mundo inteiro no dimutivo, cara, eu definitivamente não gosto!
- Mas nem um vinhozinho? Ah! Um vinhozinho tinto todo mundo gosta.
- Não gosto.
- Vinho seco
- Não.
- Champagne!
- Não.
- Nem no ano novo?
- Não.
- Já provou aquelas garrafinhas tipo Smirnoff Ice?
- Já.
- Essa é da boa, fraquinha, nem dá pra pegar (ficar bêbado) direito. Dessa tu gostou, né?
- Não
- Tequila?
- Não.
- Mas vc tem cara de quem gos..
- Cara, deixa eu facilitar pra vc... EU NÃO GOSTO DE BEBIDA ALCÓOLICA! NÃO GOSTO DE CERVEJA, CHOPP, CACHAÇA, TEQUILA, VODKA, CAIPIRINHA, VINHO, CHAMPAGNE, SMIRNOFF ICE OU QUALQUER OUTRO TIPO DE BEBIDA QUE VC TIVER OU NÃO TIVER NO SEU BAR... ENTENDEU, SEU FILHO DA P...
- Epa! Calma aí, cara! Só to te oferecendo uma cerveja! Po... cara nervoso!
- Desculpe... Mil perdões... Eu ando meio nervoso mesmo...
- Se liga não, parceiro! Vamo lá com o pessoal tomar uma cerva e vc se acalma rapidinho!

Ficou preso dez anos por assassinato e virou alcóolatra.

Depois de cinco anos morreu de cirrose.

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Postado por Ygor

 

quinta-feira, julho 07, 2005


[6:50 PM]

Vingança

Assim foi o comentário de Hebe Camargo no seu programa de segunda-feira sobre a liberação de Suzane Von Richtofen, presa por ter matado os pais, em São Paulo:
"É uma assassina! Quando ela aparece na tv, com aquela carinha de "eu não fiz nada", eu grito bem alto: assassina!!! Faço o mesmo com o Guilherme de Pádua e a Paula Tomáz. Todos os dois! Assassinos! Agora vem a Suzane dizer que tem saudade dos pais. Saudade dos pais... Você não sabe o que é isso, Suzane! Você não sabe o que é ter saudade dos seus pais! Se soubesse não os teria matado. Ainda bem que sua avó não te quer. Você tem que ficar assim mesmo, sozinha, sem ninguém! Eu também não te aceitaria, assim como sua avó!"

Daqui a alguns anos:
Então você acha que ninguém deve me aceitar?
É, Hebe, eu sou realmente uma assassina e minha próxima vítima é você...

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Postado por Ygor

 

quinta-feira, junho 23, 2005


[1:32 AM]

Nerd Music

Tudo começa quando os caras usam aqueles óculos que os deixam com cara de bobos e se vestem como se estivessem indo pro lançamento de um livro. Aí a banda vai tirar uma foto onde o estilo é SEMPRE o mesmo. Aquelas caras de: Olhem só pra nós! Vocês que sempre nos excluiram na hora de escolher o time no jogo de futebol agora têm que se render à nossa superioridade intelectual e nossa grandeza musical apesar da pobreza "aparente". O cenário é algo enfumaçado, como se estivessem na longínqua Londres e seus semblantes são de: "life sucks, isn´t it? but what the hell, let´s live." (sim, porque ser um nerd é saber inglês, usar expressões em inglês e rir de quem não as conhece).

Ah! Uma outra coisa super "cool" é ter uma ou mais meninas na banda. E não importa se as meninas tocam bem ou mal, são afinadas ou não, basta tê-las para que a coisa fique mais... hm... digamos... "cool".

Então vêm as entrevistas onde eles citam as suas influências que são as mais obscuras possíveis (quando muito conhecido, rola um Joy Division) e no meio de tudo, jogam um Amado Batista, Odair José, Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Ronnie Von. Porque? Porque eles falam de amor, que é hm... digamos... "cool". Porque todo bom nerd é aquele rejeitado pelas meninas na adolescência. É um recalcado, frustrado que despeja toda a carga sentimental nas letras. Mas não de qualquer forma. Não como seus ditos ídolos Roberto, Erasmo, Ronnie, Odair... Não! Tem que ser... hm... digamos... "cool"! Eles não dizem "eu te amo e você não me quer", dizem "minha vida agora está nas suas mãos, mas eu continuo seguindo sozinho, afinal, quem se importa comigo?".

Eles têm que parecer muito maduros logo nos primeiros trabalhos, darem a impressão de não se importarem com nada ou ninguém e principalmente que seu estilo é anti-comercial e eles serão eternamente underground. Saber tocar de verdade é uma parte que eles geralmente passam longe. Vai tocar mal assim lá em Londres.

E por fim, ter aquelas opiniões que ninguém espera. "Ayrton Senna foi um merda" ou "Beatles não significaram nada, são apenas mais uma invenção da mídia". Eles não acham isso, mas pra ser hm... digamos... "cool", tem que falar mal do que é consagrado.

Agora, cá entre nós, pior do que ser nerd é ser pseudo-nerd.

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Postado por Ygor

 

domingo, junho 12, 2005


[7:21 PM]

Dia dos Namorados

Namoro: companheirismo, conversas, beijos, abraços, carinho, muito carinho, mais carinho, mais um pouco de carinho, compreensão, paciência, ceder, esperar, presentear e surpreender.
Essa é a minha humilde opinião.

Pena que tem gente que só consegue ver essas atitudes separadas e não entende que muitas vezes um simples gesto pode significar tudo isso ao mesmo tempo.

Ache quem possa entender isso e seja feliz.
Enquanto não encontrar... hm... diga que é solteiro por opção e que antes ser só do que estar mal acompanhado. Tem tanta gente que diz isso...

Ps: Julia, amo você. Beijos e feliz dia dos namorados pra nós.

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Postado por Ygor

 

domingo, maio 29, 2005


[8:08 PM]

Humor

Quando nós vemos que o Pânico na TV é o que tem de mais moderno e inovador no humor brasileiro, percebemos que existe algum problema com esse país.

Tudo bem, não vou negar que eles acertam de vez em quando. Fazem umas boas piadas e tem umas tiradas inteligentes. São caras talentosos, mas tem muito pouco de realmente novo no humor do Pânico na Tv. É ainda aquele velho humor brasileiro baseado em preconceitos, esteriótipos e humilhação alheia. São as mesmas velhas piadas com viados, as mesmas velhas gracinhas com anões. Tudo que o humor brasileiro faz ha anos, mas com uma nova roupagem, uma nova linguagem, uma coisa mais moderninha.

E o que fazem Vesgo e Silvio além de humilhar os outros? Se alguém agisse conosco da maneira como eles agem com suas vítimas, provavelmente não gostariamos nem um pouco... Mas como o alvo deles são as celebridades, então tudo bem. Rimos e aplaudimos. A verdade é que nós temos inveja dos famosos. Afinal, eles são ricos, bonitos e bem sucedidos. Ver Silvio e Vesgo fazendo aquelas "brincadeiras" com eles é nossa forma de dizer "Ei, vc é mais rico que eu, mais bonito que eu, mais famoso que eu, mas você vai ter que pagar por isso, meu chapa! Vai ter que fazer papel de palhaço na tv!".

Nada contra, só acho meio triste que isso seja o que há de mais inovador no humor brasileiro.

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Postado por Felipe Galvão

 

sábado, maio 21, 2005


[11:08 PM]

Política

O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo. Nada é impossível de mudar. Desconfiai do mais trivial, na aparência singelo. E examinai, sobretudo, o que parece habitual. Suplicamos expressamente: não aceiteis o que é de hábito como coisa natural, pois em tempo de desordem sangrenta, de confusão organizada, de arbitrariedade consciente, de humanidade desumanizada, nada deve parecer natural nada deve parecer impossível de mudar. Privatizaram sua vida, seu trabalho, sua hora de amar e seu direito de pensar. É da empresa privada o seu passo em frente, seu pão e seu salário. E agora não contente querem privatizar o conhecimento, a sabedoria, o pensamento, que só à humanidade pertence.

Bertold Brecht

O Àgora também aderiu à campanha!


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Postado por Ygor

 

sexta-feira, abril 08, 2005


[1:22 PM]

Papa

O Àgora não podia deixar de dar o seu pitaco na morte do Papa. Eu, pelo menos, adoro meter o bedelho em assuntos alheios...
Primeiro minha opinião sobre a pessoa. Você pode não ser católico, pode não ir com a cara de Jesus Cristo e não acreditar que ele transformou água em vinho, mas tem que admitir a força da Igreja Católica e dirigir uma instituição desse nível requer muito preparo, paciência, capacidade de conciliar opiniões diferentes e, no caso do recém-finado, devoção.
Não concordo com os que dizem que a Igreja deve acompanhar a evolução mundial e apoiar causas como a eutanásia, o aborto ou o uso de anticoncepcionais. Isso seria mudar seus dogmas e idéias que já duram mais de dois mil anos. Quem não concorda que mude de religião! As pessoas muitas vezes se pegam por pequenos detalhes como esses e esquecem que o mesmo Papa criticado por não acompanhar essas "mudanças" é o mesmo que sempre prezou por falar em favor da paz, contra o preconceito racial/social, pregou o entendimento entre as religiões tendo encontros históricos com líderes de outras doutrinas e pediu algumas vezes perdão pelos erros cometidos pela Igreja no passado.
Foi muito popular e adorado. O homem mais conhecido do mundo. O mais fotografado e comentado sem nunca ter perdido sua postura e elegância. Mesmo no fim da vida, onde sua saúde inspirava inúmeros cuidados, tomou a frente na nomeação de cardeais, bispos, beatificações, canonizações, celebração de missas e afins... Um dos momentos mais emocionantes que já vi foi, pra mim, o seu último suspiro público. Uns dois dias antes do seu falecimento, ele apareceu em uma janela de hospital e, tentando falar com os milhares de fiéis que estavam à espera de algum sinal de sua vida, deu um grunhido. Foi pra mim um momento dos mais emocionantes da história do cristianismo. Foi o grunhido de um homem que quis cumprir uma missão, que não se entregou nem ao suposto chamado do seu chefe, Deus, pra se juntar a Ele, onde quer que Ele esteja. Karol Wojtila foi bravo, forte, inspirador. Lutou pela sua crença até os últimos minutos de sua existência e quando morreu, na verdade não foi vencido pela morte. Deixou-se levar, humilde, com a certeza que alguém poderia levar a frente o seu trabalho.
Não sou desses que quando um cara morre o trata como santo, mas pra mim, esse aí deveria. Uma pena que pra Igreja Católica o sujeito só pode virar santo se fizer algum milagre. Algo como um circo onde a pessoa precisa fazer um número acrobático pra ser aplaudido. Esse é um dogma que eu adoraria que fosse revisado. Mas eu não sou católico, nem cristão, mal acredito em Deus e peço desculpas pelos prováveis erros de conhecimento no texto. Gosto muito do assunto religião, mas ainda o ignoro quase por completo. Só estou dando meu pitaco.
(Imaginem se o próximo Papa for brasileiro!!!)

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Postado por Ygor

 

quarta-feira, março 30, 2005


[3:20 AM]

A Internet e a Pornografia

ou Como Era Gostosa A Minha Banda Larga

Vamos, sejam sinceros: quem é que nunca entrou em ao menos um sitezinho de fotos eróticas e/ou pornográficas?

O fenômeno que mais me impressiona na internet é a explosão da pornografia. Não que isso não fosse previsível...

Pensemos bem, quantas pessoas devem ter passado boa parte da vida sem ter visto um único vídeo pornográfico por ser tímido demais pra pegar numa locadora. Quantos outros até não são tímidos, mas “ah... a vontade não é tão grande assim a ponto de me fazer sair de casa e ir até a locadora pegar um filme”. Com a internet isso acabou.

A pornografia está em todo lugar e de todas as formas. Fotos, vídeos, contos, quadrinhos. Todos os tipos de fetiches... Sim, mesmo que seu fetiche seja por pigmeus fantasiados de paquitas lambuzados de chocolate branco, pode ter certeza que em algum site você encontra.

Eu não tenho muita certeza, mas às vezes eu acho que daqui a uns 50, 100 anos a internet vai ser lembrada principalmente pela democratização da pornografia. Imagino acadêmicos calvos e de olhos fundos dizendo “sim, com ela trocavam muitas informações, baixavam músicas, faziam pesquisas, criavam bancos de dados, mas o forte mesmo era o filme pornô”.


P.S.: Pra quem não pegou, o subtítulo faz referência ao filme “Como Era Gostoso o Meu Francês” de 71, dirigido por Nelson Pereira dos Santos. Eu sei que explicar referência é coisa de gente besta, mas eu não queria que vocês achassem que eu sou (ainda mais) pervertido.

P.S. 2: Eu sei que foi um post meio bobo e tal, mas eu já tava há meses sem escrever nisso aqui e precisava voltar. Prometo que nos próximos eu melhoro.


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Postado por Felipe Galvão

 

domingo, fevereiro 20, 2005


[1:05 AM]

Simples assim...

Enquanto isso, depois de um dia de trabalho tenso e irritante:

- Se eu ganhasse na loteria você se casava comigo?
- E precisa vc ganhar na loteria pra eu me casar com vc?

Pronto, o dia estava salvo.

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Postado por Ygor

 

sábado, janeiro 29, 2005


[5:18 PM]

Verdades...

O cara mentia pra todos. A vida dele era um complexo sistema de histórias interligadas. Era extremamente inteligente. Lembrava-se de todas as mentiras que contava para todos e se alguma coisa saísse dos conformes e por algum acaso alguma mentira passasse dos limites ou se confundisse, tinha grande habilidade pra contornar e deixar tudo certo. Pai, mãe, amigos. Todos o viam daquela forma que ele inventava e era uma vida interessante. O essencial era que ele não exagerava. Todas as histórias eram muito palpáveis e contadas de uma maneira muito convincente. Nem muito empolgado, nem com descaso, apenas na medida certa.

Ele arranjou uma namorada e como de praxe, mentiu. Contou de suas aventuras magnânimas (que nunca aconteceram), de suas histórias fantásticas sobre suas bebedeiras (ele não bebia), ex-namoradas (que nunca existiram). O tempo passou e ele passou a notar que não precisava mais fingir quando dizia que a amava. Ele a amava de verdade. Tudo passava a fazer sentido. Aquela mulher passou a ser sua vida. Ele começou a pensar se não deveria ser verdadeiro com quem ele idealizava como sua companheira de resto de vida. Acordava e dormia pensando nela. Não precisava mais mentir pros amigos. Apenas dizia o que ocorria quando estava com eles e parou de inventar historinhas à toa. Sua vida ia bem, no entanto isso o atormentava. Arrependeu-se de ter contado as mentiras do início pra sua futura esposa, assim ele a chamava.

Depois de muito pensar, decidiu que pela primeira vez contaria todas as verdades da sua vida. A mulher que o fizera ver que a vida pode ser sim uma verdade, a verdade merecia saber! Ele então, cheio de coragem disse: Meu amor, tenho algo a lhe contar... Quando sua bela dama fez menção de escutá-lo ele parou durante uns cinco segundos e disse: Nada demais, só queria dizer que te amo. Ela o abraçou, emocionada com o gesto e disse que o amava também. Ele tinha descoberto o mais provável. Ele não a amava. Tinha mentido pra si mesmo.


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Postado por Ygor

 

sexta-feira, janeiro 07, 2005


[6:19 PM]

OLDBOY no Brasil!



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Postado por Felipe Galvão

 

sábado, dezembro 25, 2004


[11:27 PM]

Adeeeeus aaaaaano veeeeeeelhooooo!

Mais um ano passou. Rápido? Não. Ele continua com 365 dias (ou 366 como 2004) e você mais uma vez deixou que ele passasse entre seus dedos nada fazendo. O primeiro post que fiz pra esse belo blog (em janeiro/2004) falava de coisas que eu gostaria de fazer esse ano e, adivinhem, acabei não fazendo. Parar de falta aulas? Não. Estudar mais? Tá brincando, né? Trabalhar? Bem pouco. Ler? Mais que o habitual, mas como o habitual era quase nada, não foi suficiente.
Aprendi que as promessas devem ser cumpridas um a uma e não todas de uma vez. Se tentarmos ao mesmo tempo fazer de tudo, acabamos não fazendo nada direito, portanto, focar um objetivo é essencial! Se você, nobre leitor, deseja parar de fumar, beber, chorar, começar a sorrir, correr, ler, seja lá o que for, não necessariamente nessa ordem, não se preocupe em acumular problemas. Cada coisa acontece no seu tempo certo e se você tentar adiantar o processo, será pior! Apenas relaxe e deixe que certas coisas vão embora tão rápido quanto vieram!
Para os poucos, porém fiéis, leitores do Àgora On-Line, tenho uma sugestão. Parece simples, mas não é. Queridos amigos, pra esse novo ano eu sugiro que se esforcem pra amar. Amem os seus familiares, seu trabalho, sua casa, sua comida, seu dinheiro, seus(suas) amigos(as), sua(seu) namorada(o), seu cachorro. Não é papo de missionário religioso, mas a partir do momento que contribuirmos, o amor voltará para nós. Acima de tudo AMEM, como disse nosso Renato Manfredini, como se não houvesse amanhã. Não é uma tarefa fácil, no entanto, se vocês se esforçarem, garanto que vale a pena. Eu o fiz nesse ano que passou e valeu. No fim é o que sobra mesmo!
Citando Divaldo Pereira Franco: Se alguém não te ama, o problema é da pessoa, se você não ama, o problema é seu.
Feliz 2005, Felipe, Rafael e todos os que ainda têm saco de entrar e dar uma lida no Àgora.


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Postado por Ygor

 

sexta-feira, novembro 19, 2004


[11:31 AM]

Especialistas

Ponto P. Programa da MTV onde Penélope Nova, apresentadora de TV e, acho eu, jornalista, é uma consultora sexual. Boa Noite Brasil, na Bandeirantes. Quadro: Lenha na Fogueira. Assunto: Prostituição. Convidados: Adriano, participante de uma das versões do Big Brother Brasil, Tony Kanaam, piloto, Luíza Ambiel, modelo, Sílvia Abravanel, filha de Sílvio Santos e apresentadora de TV e Norton Nascimento, ator e recém-transplantado.

Dei apenas dois exemplos de algo que está se tornando comum. Pessoas acham que podem dar pitaco em tudo. Não sou radical e acho que não necessariamente uma pessoa precisa ser pós-graduada ou ter doutorado no assunto que está comentando, mas o que é um debate sobre prostituição com atores, modelos etc. mediado por Gilberto Barros, o Leão? É a mesma coisa que me botar num debate sobre física quântica. Adoro o assunto, no entanto, entendo nada ou quase nada.

Vou contar o que vi certo dia. Penélope recebeu uma ligação de uma telespectadora com certo problema e deu uma instrução que beirava mais ou menos o seguinte: Pô, bota essa xoxota pra funcionar! Mete com o teu namorado! Não tem problema ele ter o pinto torto! Usa essa xoxota! Deixa de ser traumatizada! Outro dia recebeu uma ligação onde uma menina comentava que tinha receio em fazer sexo anal. Penélope, com a autoridade de uma especialista dizia: Menina, das primeiras vezes dói mesmo! Depois você se acostuma! Mas se seu namorado encher muito o saco, enfia um rolo de macarrão nele pra ele ver se é bom!

O problema não é assistir “não-especialistas” falarem sobre assuntos diversos. A liberdade de expressão existe e deve ser exercida! (Eu, por exemplo, estou escrevendo num blog, mas estou muito longe de ser um escritor competente, convenhamos!). No entanto, tem gente que leva as opiniões dessas celebridades como se fossem os donos da verdade quando na realidade eles têm tanto conhecimento quanto o telespectador comum ou muitas vezes até menos.

Televisão é entretenimento, diversão, passa-tempo e tudo mais, mas também deveria ensinar um pouquinho. Nem que fosse só um pouquinho.

Obs.: Mil desculpas pelos palavrões... Mas a culpa é da Penélope


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Postado por Ygor

 

domingo, novembro 07, 2004


[2:30 AM]

Mais uma de Política

Sei que a maioria não gosta muito de política. Imagino que vocês também acharam ridículo a Fátima Bernardes apresentar o Jornal Nacional direto dos Estados Unidos com 200 mil correspondentes e dar uma importância ínfima ao Dia de Finados, praticamente um ritual, e que mostra bastante do Brasil. Mas não podemos deixar passar o resultado das eleições norte-americanas em branco! Eu sou o que menos entende de política nesse blog... De longe! Por isso mesmo tomei a iniciativa de escrever algo sobre o pleito. A minha visão é a de um cidadão comum, ou seja, o cara que até se interessa, mas que não saca muita coisa!
Eu queria que o Kerry ganhasse? Não sei não. Dizem as más línguas que ele no início concordava com a invasão do Iraque e que muda de opiniões muito fácil e rapidamente. Não que mudar de opinião seja ruim, mas ele supostamente mudaria de opinião de acordo como o que lhe convém (Os que estão antenados gritem se eu estiver errado!).
O Bush ganhou. Será que o governo dele vai ser tão prejudicial assim? Mais do que está sendo? Ele está fazendo besteira tanto em permitir uma estratégia no mínimo duvidosa em relação às tropas americanas no Iraque quanto na parte financeira dos Estados Unidos (mais uma vez, os informados de plantão que me avisem se tiver algo fora dos conformes).
O que muda pra gente aqui no Brasil? Acho que não muito, na minha santa ingenuidade. Eles vão continuar dominando a maioria das coisas e nós continuaremos puxando o saco deles. Nem o Bush vai ficar bonzinho e nem o Kerry, se ganhasse, traria paz pra Terra.
Acho essencial ter uma noção básica do que acontece no panorama político internacional, mas muito importante também é saber o que acontece aqui no nosso Brasil...
Mesmo pra nós, cidadãos comuns!


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Postado por Ygor

 

segunda-feira, outubro 25, 2004


[3:53 AM]

Idéia para uma história

Uma vez eu tive uma idéia para uma história. Seria sobre uma mulher que após sofrer um acidente descobre ter perdido os sentimentos. Ela mantém sua memória, mas não os sentimentos. Ela reconhece o marido, os filhos, sabe quem eles são, mas não consegue sentir nada por eles. Nada. Ela passa um tempo tentando levar uma vida normal, mas a situação se torna insustentável. Tanto pra ela quanto pro resto da família que sente falta do seu amor.

A mulher, que eu não tinha pensado em um nome... Eu queria um nome que desse a idéia de uma mulher com seus quase 30 anos... A mulher-com-quase-trinta-anos resolve então pegar seu carro e sair pela estrada em busca de uma forma de reencontrar seus sentimentos.

No meio do caminho ela encontra um ex-padre cuja igreja desabou no meio da missa. Ele foi o único sobrevivente. Apesar de não mais ser padre, ele ainda usa as roupas de um. Não a batina, mas a roupa preta com aquela coisa engraçada na gola que eu nunca lembro o nome. Depois do desmoronamento ele perdeu a fé e passou a ver o acaso em tudo no mundo, porém não consegue deixar de acreditar em Deus. Ele quer encontrar uma razão para a existência, precisa encontrar uma razão pra existência para assim poder voltar a ter fé. E assim se junta a ela em sua viagem.

Durante a viagem eles fazem sexo. Um sexo mecânico, áspero, duro, violento. Eles não trocam uma palavra durante o ato. É uma tentativa carnal de sentir algo, de se entregar e se encontrar no outro, de através do sexo encontrar um sentido, um porquê, ou de sentir dor, medo, desejo, prazer. Mas, obviamente, é uma tentativa frustrada. Eles prometem nunca mais fazer isso.

A partir daí a jornada prosseguiria com encontros ao acaso com figuras inusitadas como um cego que anda a esmo pelo mundo, sem cão ou bengala. Ele diz que não é guiado pelos olhos, mas pela alma. Ela decide pra onde ele deve seguir.

Infelizmente esses encontros não trazem nada para a busca dos dois personagens principais. Pro ex-padre (ele provavelmente teria um nome americano ou talvez não teria nome mesmo, só "ex-padre") só trazem mais confusão e desespero. Pra ela não trazem nada. Ela está alheia a tudo.

O clímax seria quando eles chegassem a uma comunidade de “aberrações”. Tendo sido levado praquela região por um circo de aberrações (uma coisa abominável... Basicamente, é um lugar que vivia de expor pessoas que nasceram com alguma anormalidade física. Acho que hoje em dia não existem mais... espero). Ficaram lá até que o dono do circo morreu. Tentaram então se integrar à cidade, mas foram escorraçados de lá e passaram a viver numa comunidade extremamente pobre próxima a cidade. Vivem entre eles, trabalham entre eles e reproduzem-se entre eles. Isso manteve-se durante décadas, mas agora iria mudar. Eles iriam pegar em armas, fazer uma revolução e tomar a cidade. Os filhos daqueles que foram escorraçados teriam sua vigança.

E a mulher-com-quase-trinta-anos e o ex-padre se envolvem nessa tentativa de revolução.

Aí percebi que era uma idéia estúpida e que eu nunca pensaria num final satisfatório. Peguei as folhas de papel e engoli. Com sal.


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Postado por Felipe Galvão

 

sábado, outubro 23, 2004


[2:17 AM]

O Amor Existe

O amor existe! Pra quem acha que não, eu digo que sim! Não o amor mitológico/religioso na qual a maioria costuma acreditar (eu inclusive costumava até pouquíssimo tempo), mas o amor puro e verdadeiro, que não se importa com idade, cor, religião, nacionalidade ou distância. Não digo isso por puro romantismo barato (que, inclusive, está na moda). Esse tipo é aquele que se resume em "meu amor, você me deixou, volte pra mim, estou com saudades..." Falo do amor-admiração. Do amor-espanto. Espanto de você achar que ainda existe esperança no mundo ao achar aquele "certo alguém" que combina com você quando menos se espera. Que divide seus problemas e ouve os seus. Um amor que exige sim, mas que também se deixa exigir. Um amor que não faz questão de ter o controle da relação. O amor-respeito, onde o parceiro pode e deve ter suas particularidades e elas serão levadas em conta. O amor-humano, que erra, acerta, mas nunca se omite.

Caro leitor. Talvez você nunca ache alguém pra amar. Talvez porque não se permita. Talvez por mero acaso. Mas não desista! O mundo por mais bruto e fútil que pareça às vezes, ainda tem flores, pequenos pássaros e coisas assim que nos provam o contrário.


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Postado por Ygor

 

domingo, outubro 03, 2004


[2:29 AM]

Série Top 20 - Parte um: Filmes

Essa lista é um pouco velha (de 2002), hoje eu mudaria algumas coisinhas.

1. Chinatown (1974)
2. Godfather, The (1972)
3. Godfather: Part II, The (1974)
4. Annie Hall (1977)
5. Rosemary's Baby (1968)
6. Cidade de Deus (2002)
7. Monty Python and the Holy Grail (1975)
8. Apocalypse Now (1979)
9. Taxi Driver (1976)
10. Shining, The (1980)
11. Hannah and Her Sisters (1986)
12. Amadeus (1984)
13. One Flew Over the Cuckoo's Nest (1975)
14. Barry Lyndon (1975)
15. Goodfellas (1990)
16. Reservoir Dogs (1992)
17. Graduate, The (1967)
18. Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (1964)
19. Big Lebowski, The (1998)
20. Boogie Nights (1997)


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Postado por Felipe Galvão

 

sábado, setembro 11, 2004


[1:24 AM]

Com a licença de Bandeira e Galvão

Fico irritado ao ver que as novelas e as séries enlatadas norte-americanas terminam com “eu te amo”.

Deveriam terminar como na vida real, onde o grande amor da sua vida te trai com seu melhor amigo, onde você perde o emprego porque o chefe simplesmente não vai com a sua cara, onde as pessoas não gostam de você sem razão aparente ou apenas quando a vida lhe dá uma rasteira quando o que você mais precisava era de alguém pra dizer “eu te amo”.

Estou farto de romantismo da ficção. Queria mesmo o romantismo dos loucos, dos bêbedos, dos clowns de Shakespeare. Queria mesmo é trabalhar numa dessas empresas de cartões onde eu poderia escrever declarações de amor e terminar meus textos com “eu te amo”...


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Postado por Ygor

 

sábado, setembro 04, 2004


[11:52 PM]

Retrato de uma Brasileira

Eu estava em um momento ruim, sem mídia, apenas fazendo shows pelos presídios afora, como de costume, mas não tinha uma coisa básica que infelizmente não consegui nesses anos de carreira, minha casa. Já estou com 50 anos e não sou nenhuma garotinha, talvez essa fosse minha última chance de ganhar um bom dinheiro antes que tudo caísse de vez, inclusive a bunda, que sempre foi meu maior sustento. Então fui eu, já com a proposta aceita para participar do filme. Tive medo. Iria transar com homens muito bem dotados! Justo eu, que não transava há sete anos. Mas estava focada nesse propósito, tentando não ter muitos preconceitos e ter muita coragem. Pedi aos produtores que, ao notarem que eu não estava agüentando toda aquela situação me gritassem: Olha a Caixa Econômica! Isso faria lembrar das minhas obrigações e do por que de eu estar ali. E eles tiveram que fazê-lo algumas vezes. Foi muito difícil, me doeu muito. Não tem como sentir prazer. Vem o tempo todo um diretor e diz: Corta! Vem pra cá, ilumine aqui, tira o cabelo da cara! Nem se quisesse sentiria algo. É um negócio cruel. Só entende o que eu passei quem viveu a minha vida. Após ter feito o filme, durante uma semana eu chorava praticamente todos os dias. Não conseguia me olhar no espelho. Tomava banhos freqüentemente, como se isso fosse me limpar de algo sujo que eu teria feito. A única pessoa que consultei antes de todo o processo foi meu filho, que não fez objeções. Ele sempre me apoiou em tudo o que fiz, pois sempre lhe dei força e o eduquei da melhor forma possível! Vida cruel essa minha. Casei-me com 15 anos e meu marido, na lua-de-mel, praticamente me estuprou. Tive relacionamentos mil, mas nenhum bem sucedido. Estou sozinha, mas não me arrependo de nada que fiz. Tenho minha dignidade! Nunca roubei nem nunca matei. Sou uma mulher de caráter. Sou Rita de Cássia. Sou Rita Cadillac.

As palavras não são exatamente essas, mas as idéias sim. Vi Rita Cadillac dando entrevistas no Boa Noite Brasil, do Gilberto Barros, Superpop, da Luciana Gimenez e no Programa do Ratinho e esse é um resumo do que eu me senti na obrigação de colocar aqui.


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Postado por Ygor

 

 


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