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sexta-feira, abril 08, 2005


[1:22 PM]

Papa

O Àgora não podia deixar de dar o seu pitaco na morte do Papa. Eu, pelo menos, adoro meter o bedelho em assuntos alheios...
Primeiro minha opinião sobre a pessoa. Você pode não ser católico, pode não ir com a cara de Jesus Cristo e não acreditar que ele transformou água em vinho, mas tem que admitir a força da Igreja Católica e dirigir uma instituição desse nível requer muito preparo, paciência, capacidade de conciliar opiniões diferentes e, no caso do recém-finado, devoção.
Não concordo com os que dizem que a Igreja deve acompanhar a evolução mundial e apoiar causas como a eutanásia, o aborto ou o uso de anticoncepcionais. Isso seria mudar seus dogmas e idéias que já duram mais de dois mil anos. Quem não concorda que mude de religião! As pessoas muitas vezes se pegam por pequenos detalhes como esses e esquecem que o mesmo Papa criticado por não acompanhar essas "mudanças" é o mesmo que sempre prezou por falar em favor da paz, contra o preconceito racial/social, pregou o entendimento entre as religiões tendo encontros históricos com líderes de outras doutrinas e pediu algumas vezes perdão pelos erros cometidos pela Igreja no passado.
Foi muito popular e adorado. O homem mais conhecido do mundo. O mais fotografado e comentado sem nunca ter perdido sua postura e elegância. Mesmo no fim da vida, onde sua saúde inspirava inúmeros cuidados, tomou a frente na nomeação de cardeais, bispos, beatificações, canonizações, celebração de missas e afins... Um dos momentos mais emocionantes que já vi foi, pra mim, o seu último suspiro público. Uns dois dias antes do seu falecimento, ele apareceu em uma janela de hospital e, tentando falar com os milhares de fiéis que estavam à espera de algum sinal de sua vida, deu um grunhido. Foi pra mim um momento dos mais emocionantes da história do cristianismo. Foi o grunhido de um homem que quis cumprir uma missão, que não se entregou nem ao suposto chamado do seu chefe, Deus, pra se juntar a Ele, onde quer que Ele esteja. Karol Wojtila foi bravo, forte, inspirador. Lutou pela sua crença até os últimos minutos de sua existência e quando morreu, na verdade não foi vencido pela morte. Deixou-se levar, humilde, com a certeza que alguém poderia levar a frente o seu trabalho.
Não sou desses que quando um cara morre o trata como santo, mas pra mim, esse aí deveria. Uma pena que pra Igreja Católica o sujeito só pode virar santo se fizer algum milagre. Algo como um circo onde a pessoa precisa fazer um número acrobático pra ser aplaudido. Esse é um dogma que eu adoraria que fosse revisado. Mas eu não sou católico, nem cristão, mal acredito em Deus e peço desculpas pelos prováveis erros de conhecimento no texto. Gosto muito do assunto religião, mas ainda o ignoro quase por completo. Só estou dando meu pitaco.
(Imaginem se o próximo Papa for brasileiro!!!)

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Postado por Ygor

 

 


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