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...onde os filósofos Felipe, Rafael e Ygor refletem sobre o mundo...
 

segunda-feira, outubro 25, 2004


[3:53 AM]

Idéia para uma história

Uma vez eu tive uma idéia para uma história. Seria sobre uma mulher que após sofrer um acidente descobre ter perdido os sentimentos. Ela mantém sua memória, mas não os sentimentos. Ela reconhece o marido, os filhos, sabe quem eles são, mas não consegue sentir nada por eles. Nada. Ela passa um tempo tentando levar uma vida normal, mas a situação se torna insustentável. Tanto pra ela quanto pro resto da família que sente falta do seu amor.

A mulher, que eu não tinha pensado em um nome... Eu queria um nome que desse a idéia de uma mulher com seus quase 30 anos... A mulher-com-quase-trinta-anos resolve então pegar seu carro e sair pela estrada em busca de uma forma de reencontrar seus sentimentos.

No meio do caminho ela encontra um ex-padre cuja igreja desabou no meio da missa. Ele foi o único sobrevivente. Apesar de não mais ser padre, ele ainda usa as roupas de um. Não a batina, mas a roupa preta com aquela coisa engraçada na gola que eu nunca lembro o nome. Depois do desmoronamento ele perdeu a fé e passou a ver o acaso em tudo no mundo, porém não consegue deixar de acreditar em Deus. Ele quer encontrar uma razão para a existência, precisa encontrar uma razão pra existência para assim poder voltar a ter fé. E assim se junta a ela em sua viagem.

Durante a viagem eles fazem sexo. Um sexo mecânico, áspero, duro, violento. Eles não trocam uma palavra durante o ato. É uma tentativa carnal de sentir algo, de se entregar e se encontrar no outro, de através do sexo encontrar um sentido, um porquê, ou de sentir dor, medo, desejo, prazer. Mas, obviamente, é uma tentativa frustrada. Eles prometem nunca mais fazer isso.

A partir daí a jornada prosseguiria com encontros ao acaso com figuras inusitadas como um cego que anda a esmo pelo mundo, sem cão ou bengala. Ele diz que não é guiado pelos olhos, mas pela alma. Ela decide pra onde ele deve seguir.

Infelizmente esses encontros não trazem nada para a busca dos dois personagens principais. Pro ex-padre (ele provavelmente teria um nome americano ou talvez não teria nome mesmo, só "ex-padre") só trazem mais confusão e desespero. Pra ela não trazem nada. Ela está alheia a tudo.

O clímax seria quando eles chegassem a uma comunidade de “aberrações”. Tendo sido levado praquela região por um circo de aberrações (uma coisa abominável... Basicamente, é um lugar que vivia de expor pessoas que nasceram com alguma anormalidade física. Acho que hoje em dia não existem mais... espero). Ficaram lá até que o dono do circo morreu. Tentaram então se integrar à cidade, mas foram escorraçados de lá e passaram a viver numa comunidade extremamente pobre próxima a cidade. Vivem entre eles, trabalham entre eles e reproduzem-se entre eles. Isso manteve-se durante décadas, mas agora iria mudar. Eles iriam pegar em armas, fazer uma revolução e tomar a cidade. Os filhos daqueles que foram escorraçados teriam sua vigança.

E a mulher-com-quase-trinta-anos e o ex-padre se envolvem nessa tentativa de revolução.

Aí percebi que era uma idéia estúpida e que eu nunca pensaria num final satisfatório. Peguei as folhas de papel e engoli. Com sal.


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Postado por Felipe Galvão

 

sábado, outubro 23, 2004


[2:17 AM]

O Amor Existe

O amor existe! Pra quem acha que não, eu digo que sim! Não o amor mitológico/religioso na qual a maioria costuma acreditar (eu inclusive costumava até pouquíssimo tempo), mas o amor puro e verdadeiro, que não se importa com idade, cor, religião, nacionalidade ou distância. Não digo isso por puro romantismo barato (que, inclusive, está na moda). Esse tipo é aquele que se resume em "meu amor, você me deixou, volte pra mim, estou com saudades..." Falo do amor-admiração. Do amor-espanto. Espanto de você achar que ainda existe esperança no mundo ao achar aquele "certo alguém" que combina com você quando menos se espera. Que divide seus problemas e ouve os seus. Um amor que exige sim, mas que também se deixa exigir. Um amor que não faz questão de ter o controle da relação. O amor-respeito, onde o parceiro pode e deve ter suas particularidades e elas serão levadas em conta. O amor-humano, que erra, acerta, mas nunca se omite.

Caro leitor. Talvez você nunca ache alguém pra amar. Talvez porque não se permita. Talvez por mero acaso. Mas não desista! O mundo por mais bruto e fútil que pareça às vezes, ainda tem flores, pequenos pássaros e coisas assim que nos provam o contrário.


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Postado por Ygor

 

domingo, outubro 03, 2004


[2:29 AM]

Série Top 20 - Parte um: Filmes

Essa lista é um pouco velha (de 2002), hoje eu mudaria algumas coisinhas.

1. Chinatown (1974)
2. Godfather, The (1972)
3. Godfather: Part II, The (1974)
4. Annie Hall (1977)
5. Rosemary's Baby (1968)
6. Cidade de Deus (2002)
7. Monty Python and the Holy Grail (1975)
8. Apocalypse Now (1979)
9. Taxi Driver (1976)
10. Shining, The (1980)
11. Hannah and Her Sisters (1986)
12. Amadeus (1984)
13. One Flew Over the Cuckoo's Nest (1975)
14. Barry Lyndon (1975)
15. Goodfellas (1990)
16. Reservoir Dogs (1992)
17. Graduate, The (1967)
18. Dr. Strangelove or: How I Learned to Stop Worrying and Love the Bomb (1964)
19. Big Lebowski, The (1998)
20. Boogie Nights (1997)


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Postado por Felipe Galvão

 

 


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