ÀGORA - OnLine


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...onde os filósofos Felipe, Rafael e Ygor refletem sobre o mundo...
 

quarta-feira, julho 28, 2004


[1:59 AM]

Da série "posts republicados"

O Rafael anda muito sumido, então resolvi republicar esse post pra ver se ele aparece indignado nos comentários. Massadar, reapareça!
 
Ditadura de esquerda tudo bem?

Nada a favor do Bush, mas o "viva Fidel" é de verdade? Nunca consegui entender essa admiração que existe aqui pelo Ditador de Cuba.

Tá, a Revoluçao Cubana foi uma coisa linda (apesar das centenas de mortos), mas o que existe hoje é uma caricatura patética. Eu só consigo ver o Fidel como um ditador decrépito, que governa um país sem eleições, sem imprensa livre, cujo único mérito é ser contra os EUA. Se eu morasse lá, nem esse textinho eu poderia escrever, aliás, dificilmente eu poderia ler esse blog.
Não é uma crítica (e isso não é só para o Rafael). Eu só queria que os admiradores de Castro me dessem uma razão pra eu também admirar.


Será que é por ele se manter como uma das poucas vozes contrárias aos Estados Unidos? Mas isso vale a ausência de liberdade de imprensa, de liberdade de expressão, de liberdade política (e vai acrescentando liberdade)?

Talvez se Fidel Castro tivesse morrido jovem, hoje ele seria um mito, um mártir. Usariamos camisetas com foto dele, mas infelizmente ele envelheceu. E se tornou só mais um ditadorzinho.
Um ditadorzinho como Mussolini, Stalin, Pol Pot, Pinochet, Mao, Franco, Médici etc...



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Postado por Felipe Galvão

 

terça-feira, julho 27, 2004


[9:55 PM]

Da magreza

Eu sou magro. E não me orgulho disso.

Ser magro é ser retraído, introspectivo. É andar olhando pro chão. É não ser gay e ainda assim sentir que o Morrisey compôs pra você.

É ser visto como frio, distante, solitário quando tudo isso é só medo. Porque magro tem medo. Porque magro é frágil. Porque magro é um desprotegido. Porque é fácil destroçar o coração (e tudo mais) de um magro.

Ser magro é sentir o frio nos ossos.


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Postado por Felipe Galvão

 

terça-feira, julho 20, 2004


[3:34 PM]



"E quem me ofende, humilhando, pisando, pensando
Que eu vou aturar
Tou me guardando pra quando o carnaval chegar
E quem me vê apanhando da vida duvida que eu vá revidar
Tou me guardando pra quando o carnaval chegar"
  
"O que é que eu posso contra o encanto

Desse amor que eu nego tanto
Evito tanto
E que no entanto
Volta sempre a enfeitiçar "
  
"Ai, a primeira festa, a primeira fresta, o primeiro amor

(...)
Ai, o primeiro copo, o primeiro corpo, o primeiro amor

(...)
Ai, a primeira dama, o primeiro drama, o primeiro amor "
 
"Te perdôo porque choras

Quando eu choro de rir
Te perdôo
Por te trair"
 
"You're so fucking special,

I wish I was special.
But I'm a creep,
I'm a weirdo.
What the hell am I doing here?
I don't belong here"
 
"Não estou mais interessado no que sinto

Não acredito em nada além do que duvido"
 
"Sofro por saber que não sou eu quem vai te convencer
Que cada dia a mais é um a menos pro encontro acontecer,

Eu fico sozinho esperando por você meu bem querer"


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Postado por Felipe Galvão

 

segunda-feira, julho 19, 2004


[9:08 PM]

O que eu queria

Eu queria escrever sobre Gay Talese. Sobre como ler Fama & Anonimato me fez voltar a ter fé no jornalismo. Dizer que Frank Sinatra Está Resfriado é mesmo o mais brilhante perfil já escrito, mas lembrar ainda que O Perdedor e Sr. Má Notícia também são brilhantes. Ah, e que toda a segunda parte do livro sobre a construção da ponte Verrazano-Narrows é fenomenal.
 
Eu queria escrever também sobre O Grande Gatsby, de F. Scott Fizgerald. Comentar que esse é o grande romance americano, falar que aquele final é inesquecível. Depois fazer uma longa análise sobre como o livro representa o sonho americano encontrando a realidade e sendo despedaçado por ela e isso me levaria a comentar outro livro, Pastoral Americana, de Phillip Roth.
 
Queria fazer um rápido comentário sobre como adoro aqueles longos parágrafos do Saramago e seus diálogos entre vírgulas, mas ressaltar que realmente é um pouco complicado pra quem o lê pela primeira vez. E fazer outro rápido comentário sobre Budapeste, do Chico. Dizer que é um bom livro, mas que fizeram muito hype. Chico compositor ainda é muito superior ao romancista.
 
Queria elogiar muito Oldboy, filme sulcoreano dirigo por Chan-wook Park. Dizer mesmo que é maravilhoso, que é cruel, que é violento e que tem que passar nos cinemas do Brasil, antes que os EUA façam um remake. Enquanto não vem, diria para baixarem no eMule. E terminar com: “esse filme é sobre vinganças, dentes arrancados, polvos comidos vivos, línguas cortadas e relações amorosas não-convencionais”.
 
Por fim escreveria que sou um homem feliz porque agora tenho cinco discos do Radiohead (dois comprados legalmente, o resto graças aos p2p da vida). Dizer que existe muita diferença entre eles, mas que todos são indiscutivelmente Radiohead. Todos têm sua assinatura. Você bota o disco para tocar e em cinco segundos fala: "isso é Radiohead". E é! Só poderia ser Radiohead.
 
Sobre política eu não queria escrever nada. No momento estou aborrecido com isso. Política tem me causado enfado, cansaço, irritação. Política no Brasil anda muito chata. 
 
Era sobre isso que eu queria escrever. Só não escrevo porque daria um post muito extenso.


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Postado por Felipe Galvão

 

domingo, julho 18, 2004


[10:45 PM]

Um post nada a ver

- Todo fim é trágico, disse com um cigarro em uma mão e um copo de conhaque na outra.

Que blasé.

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- Ei, me dá uma batata?
- Tá vendo? Esse é o problema com vocês socialistas. Não, não dou a batata! A batata é minha! Eu comprei, eu tenho direito a ela. O direito à propriedade privada é um fundamento de nossa sociedade! A batata é fruto de meu sacrifício, é uma recompensa a qual eu tenho direito por ter me sacrificado, lutado, batalhado e assim pude obter essa batata! Não é egoísmo, simplesmente não é justo que eu tenha que dividir o que eu lutei para obter, com quem nunca se esforçou!
- Eu só queria uma batata!
- E Ícaro queria voar até o Sol, Cazuza queria uma bomba e Zico ganhar a Copa do Mundo. É a vida.
- E você é um babaca.

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"When you're smilin' the whole world smiles with you
But when you're cryin', you bring on the rain"

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- É ridículo! Pára com ese negócio! Já tá ficando óbvia sua falta de assunto.
- Poxa, eu tô me esforçando! Estou escrevenodo coisas mais pessoais e sentimentais.
- Nã-não. Você apenas não tem a menor idéia sobre o que escrever, não é? Confessa, confessa!
- Tá, confesso...
- Pára com isso, passar a ler um jornal. Já tá ficando chato, cara!

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Quem ainda lê isso aqui:

Calma! Sei que estou numa fase muito chata, mas é apenas isso que é: uma fase. Basta os colaboradores voltarem a escrever que eu dou uma sumida (não, não vou sair do blog, apenas postar um pouco mais esporadicamente) .

Enquanto isso não acontece, me aturem mais um tempinho.


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Postado por Felipe Galvão

 

sábado, julho 17, 2004


[5:15 PM]

Calvin, Jung e Blogger

Calvin é genial. Digo, repito e brigo com quem discordar.
 
Se você é uma pessoa inteligente e de bom coração, siga esse link.
 
Garanto que é de provocar orgasmos.
 
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Sem nada pra postar, resolvi fazer um desses testes de personalidade.... Taí o resultado. Vão lá fazer também. 
 
INTP - "Architect". Greatest precision in thought and language. Can readily discern contradictions and inconsistencies. The world exists primarily to be understood. 3.3% of total population.

Take Free Myers-Briggs Personality Test

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Nossa... Como o Blogger tá legal! Gostei das mudanças! 

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Postado por Felipe Galvão

 

segunda-feira, julho 12, 2004


[4:15 PM]

Férias são uma merda!

Desculpem o linguajar chulo, mas é isso que as férias são. Uma merda.

Primeiro dia de férias, pensei: "Ah, vou aproveitar. Vou ver todos os filmes que eu estava a fim, acabar com a pilha de livros esperando por mim em cima da estante, escrever com regularidade no blog..."

Resultado: Até o momento só vi um filme digno de nota, Oldboy (vencedor do Grand Prix em Cannes. Recomendo muito. Baixei no eMule), li dois livros e não escrevi nada que prestasse pro Àgora.

Cansei disso. Pode até ser que eu não veja os filmes todos, nem leia todos os livros que eu quero, mas escrever aqui eu vou. Me comprometo.

Então é isso, esse post é só pra avisar que pelo menos duas vezes por semana vocês terão me aturar por aqui.

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Postado por Felipe Galvão

 

sexta-feira, julho 09, 2004


[4:19 AM]

Gay Talese

"É assim que são as coisas em Nova York (...). É assim numa cidade grande, impessoal compartimentada - onde a página 29 do jornal desta manhã traz fotografias dos mortos; a página 31 estampa fotos de pessoas que noivaram; a primeira págna traz fotos dos que governam o mundo, desfrutando seus dias de glória, enquanto não vão parar na página 29."

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Postado por Felipe Galvão

 

quarta-feira, julho 07, 2004


[1:48 AM]

Te pego lá fora!

Acho que todos já viram esse filme da Sessão da Tarde, né? Pois é, esse tipo de coisa que a gente acha que só rolava no primário ou no iniciozinho do ginásio ainda acontece. E porque será?

Outro dia estava conversando com um professor meu, Marcelo Fonseca. Aliás, conversando não, escutando. Um verdadeiro show teórico e prático dos assuntos mais variados. Chegou a me bater um desespero do tipo... Nossa! Será que algum dia eu terei um conhecimento pelo menos próximo do desse cara? Mas isso não é o principal. Em determinada hora, o assunto girou mais ou menos em violência, e, depois de horas falando muito bem sobre os assuntos do mundo, meu professor não conseguiu me explicar o porquê de algumas pessoas ainda viverem tentando se bater. Sei que existe gente cheia de frustrações que só conseguem esquecê-las batendo em alguém, mas sei lá, acho essa explicação muito simples. Será que é só isso? O que leva um cara a, numa boate, por exemplo, bater numa pessoa que ele nunca sequer trocou uma palavra, não o prejudicou e nem reclamou sobre isso? Conheci certa vez um cara que disse todo orgulhoso que já levou três pontos no rosto por ter entrado numa briga de torcida “organizada” com policiais. Conheço um cara que foi espancado por quatro homens na saída de uma boate sem ter nem trocado olhares com a namorada de um dos integrantes do bando ou coisa parecida. Foi noticiado que o vocalista do Charlie Brown Jr., Chorão, deu um soco em Marcelo Camelo do Los Hermanos, só porque este teria falado em uma entrevista que não achava que combinava a música do Charlie Brown com as propagandas da Coca-Cola.

Esses exemplos são só alguns que me passaram em um minuto apenas, tenho certeza que o leitor conhece milhares de casos semelhantes ou até piores. Por isso lhes peço opinião. Porque que apesar de já termos descoberto novas maneiras de resolver problemas sempre voltamos para a parte violenta e destrutiva da coisa? É da nossa natureza? O ser humano é instintivamente violento ou a sociedade é que o transforma? Psicólogos sociais de plantão, estou esperando suas idéias!

Enquanto escrevia esse texto pensei se tenho alguma opinião a respeito e notei que não... Se meu professor não conseguiu dar uma razão aparente, quem sou eu pra fazê-lo, né?!

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Postado por Ygor

 

 


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