sábado, março 27, 2004
|
|
[2:21 PM]
Inveja...
Espero um dia (mesmo que seja em futuras encarnações) conseguir escrever assim.
|
|
|
Postado
por Felipe Galvão
|
quarta-feira, março 17, 2004
|
|
[4:21 PM]
"No princípio criou... com todos vós. Amém."
Outra enquete: Qual o melhor inicio e final de livro pra vocês?
Tentei escolher, mas fiquei com dois melhores inícios.
Fiquei com Cem Anos de Solidão, de Gabriel Garcia Marquez:
"Muitos anos depois, diante do pelotão de fuzilamento, o Coronel Aureliano Buendía havia de recordar aquela tarde remota em que seu pai o levou para conhecer o gelo."
e é claro Lolita de Wladimir Nabokov:
"Lolita, luz de minha vida, labareda em minha carne. Minha alma, minha lama. Lo-li-ta: a ponta da língua descendo em três saltos pelo céu da boca para tropecar de leve, no terceiro, contra os dentes. Lo. Li. Ta.
Pela manhã ela era Lô, não mais que Lô, com seu metro e quarenta e sete de altura e calçando uma única meia soquete. Era Lola ao vestir os jeans desbotados. Era Dolly na escola. Era Dolores sobre a linha pontilhada. Mas em meus braços sempre foi Lolita."
Já para melhor final, não tem para ninguém. É Machado (em Memórias Póstumas de Brás Cubas) na cabeça:
"(...)Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria."
E pra vocês? Quais são seus favoritos?
|
|
|
Postado
por Felipe Galvão
|
|
|
[4:11 PM]
Une Chanson Triste
Nossa música é rica em canções tristes. Nossos compositores são prodigiosos criadores de músicas melancólicas.
Aproveitando vou propor uma enquete: Qual é a música mais triste da música brasileira?
Tem muitas, mas a que passa pela minha cabeça agora é Pedaço de Mim, do Chico Buarque. Só essa estrofe já acaba comigo:
"Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu"
E aí, qual a música mais triste para você?
|
|
|
Postado
por Felipe Galvão
|
segunda-feira, março 15, 2004
|
|
[7:12 PM]
Resenha
Conversando hoje sobre O Pianista, senti saudades desse filme. Eu realmente gostei muito.
Resolvi matar as saudades postando no Mímesis uma resenha que fiz há muito tempo atrás a pedido de um amigo pro site dele.
Quem quiser ler, tá aqui.
|
|
|
Postado
por Felipe Galvão
|
domingo, março 14, 2004
|
|
[11:34 PM]
Da série "dando uma de pseudo-intelectual"
Eu tenho uma tese de que quanto mais visual e acessivel é um meio, mas mal escrito ele é.
É só comparar.
Vamos a um exemplo:
Pegue a hq (história em quadrinhos) da Liga Extraordinária. É muito bom. Bem escrito. Bem bolado. Alan Moore consegue criar um perfeito clima vitoriano e ainda cita várias outras obras literárias desse período.
Agora veja o filme... Horroroso! Tudo tem que ser explícito. Tudo tem que ser explicado nos mínimos detalhes. Tudo o que na hq é sutil no filme é escancarado (chegam ao cúmulo de explicar quem é Dorian Gray, que por sinal não aparece na hq).
Por quê? Porque o público que lê a hq é um público mais segmentado. É em geral pessoas com mais cultura, que conhece os livros de onde os personagens foram retirados.
Já o filme, não. Cinema é pra qualquer um poder ver. Então você tem que tornar aquilo o mais acessível possível. Sacrificando a sutileza e a inteligência do texto.
não estou dizendo que leitores de hq são pessoas cultas enquanto pessoas que vão ao cinema são imbecis. O que eu quero dizer é que essa hq específica é feita prum público segmentado (algumas milhares de pessoas), ela não precisa se preocupar em ser mais acessível.
O filme quer atingir milhões de pessoas. Dentro desses milhões tem gente que conhece os livros de trás pra frente, mas tem também gente que nunca ouviu falar dos livros. A saída? simplificar.
Até nos mestres do cinema podemos ver isso.
Li o livro Cuca Fundida, escrito pelo Woody Allen.
Os filmes dele são melhores, mas no livro ele fazia piadas que ele nunca poderia fazer no cinema. Piadas citando sócrates, Kant, Hume... Falando sobre filosofia, metafísica e tudo mais. Tudo naquele delicioso clima pseudo-intelectual dele.
Ele até faz isso no cinema (afinal, ele é o Woody Allen), mas mais raramente do que no texto.
Na televisão a gente chega ao fundo do poço. No cinema ainda existe uma segmentação, até porque é a pessoa que tem que ir lá assistir o filme, na tv, não. Na TV o programa vai até a pessoa. E os programas tentam ser acessíveis a todas as pessoas que tem uma tv em casa.
Acho que justamente pelo fato dos desenhos animados serem assistidos por um público restrito (a maior parte da população ainda acha q desenho é coisa de criança), os criadores podem ser tão criativos e profundos quanto quiserem.
Não é a toa então que os dois melhores programas da TV atualmente são animações: Os Simpsons e South Park.
|
|
|
Postado
por Felipe Galvão
|
|
|
[12:53 PM]
Espanha em três tempos
Confirmada a morte de um brasileiro no Atentado em Madri. Seu nome era Sergio dos Santos Silva. Era paranaense e vivia há seis meses na Europa. Sergio tinha 29 anos, amigos, uma esposa e quatro filhos. Agora ele é só uma estatística. Virou apenas um número. Só mais um entre 200 mortos.
---------------------------------------
A Espanha está tentando a todo custo responsabilizar o ETA pelo ataque.
Primeiro deu ordem aos seus embaixadores para que eles difundissem a versão que culpava o ETA. Segundo o Jornal El País, foi essa a mnsagem que a ministra das Relações Exteriores teria enviado:
"Vossa Excelência deverá aproveitar as ocasiões para confirmar a
responsabilidade do ETA nestes atentados brutais, ajudando assim a
dissipar quaisquer tipos de dúvidas de certas partes interessadas".
Agora, a nova estratégia do governo espanhol é tentar arranjar uma conexão entre o ETA e a Al Qaeda. Assim matam dois coelhos com uma cajadada só.
---------------------------------------
E a expansão do Àgora não pára!
Aproveite pra ler a visão do "polêmico" Ygor Helbourn sobre o acontecimento em Madri na estréia do nosso site-irmão Mímesis.
O Mímesis será usado para aqueles textos especiais e longos que merecem um espaço só para eles.
Um trecho do texto do Ygor:
Alma não tem cor
Se eu começar a falar aqui das coisas usuais fica chato. Não vou falar que mais de duas centenas de pessoas morreram em Madri, que isso foi um absurdo, que o mundo todo está triste e que o protesto dos onze milhões de espanhóis foi um ato lindo e que deve ser veiculado até cansar.
Continue lendo o texto.
|
|
|
Postado
por Felipe Galvão
|
sábado, março 13, 2004
|
|
[8:26 PM]
O homem de preto está morto.
No dia 12 de setembro do ano passado o mundo perdeu Johnny Cash. Ele tinha 71 anos e morreu devido a complicações decorrentes das diabetes. The man in black, como Cash era conhecido, foi um homem extremamente importante para o cenário musical americano, tendo sido até mesmo o primeiro cantor a gravar músicas do Bob Dylan...
Mas não é de sua vida que eu quero falar.
O assunto é American IV: The Man Comes Around, seu último disco, lançado pouco antes de sua morte. Pra ser mais exato, o assunto é uma música do disco: Hurt, versão de Cash da música de Trent Reznor (Nine Inch Nails).
Originalmente essa era uma música sobre drogas. Sobre a dor de um viciado em heroína. Com Cash ganhou outra profundidade. Tornou-se uma despedida da vida. Uma despedida amarga. A voz rouca de Cash soa morta (e isso é um elogio).
Ouça a música e 'morra' junto com ele. Só pra no fim da música ressuscitar renovado.
A letra:
Hurt
(Trent Reznor)
I hurt myself today
to see if I still feel
I focus on the pain
the only thing that's real
the needle tears a hole
the old familiar sting
try to kill it all away
but I remember everything
what have I become?
my sweetest friend
everyone I know
goes away in the end
you could have it all
my empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt
I wear this crown of thorns
upon my liar's chair
full of broken thoughts
I cannot repair
beneath the stain of time
the feeling disappears
you are someone else
I am still right here
what have I become?
my sweetest friend
everyone I know
goes away in the end
you could have it all
my empire of dirt
I will let you down
I will make you hurt
if I could start again
a million miles away
I would keep myself
I would find a way.
|
|
|
Postado
por Felipe Galvão
|
sexta-feira, março 12, 2004
|
|
[7:13 PM]
Confiança
Seja sincero: você confia na polícia?
Honestamente, você se sente mais seguro quando vê um policial dentro da viatura segurando seu fuzil?
É... Foi o que imaginei.
Concordo com você.
|
|
|
Postado
por Felipe Galvão
|
|
|
[1:08 PM]
sem palavras.
|
|
|
Postado
por Felipe Galvão
|
quinta-feira, março 11, 2004
|
|
[5:01 PM]
'Bomb da house'
Em breve novidades no Àgora.
Aguardem.
Estamos prestes a explodir, estamos prestes a explodir!
|
|
|
Postado
por Felipe Galvão
|
|
|
[3:55 PM]
...
"O ser humano se diferencia dos outros animais pelo telencéfalo altamente desenvolvido, pelo polegar opositor e por ser livre."
É isso.
|
|
|
Postado
por Felipe Galvão
|